quarta-feira, 9 de outubro de 2019

A dor que doí

É incrível o que acontece quando permitimos que a dor doa, e ela não tem pena ela faz sangrar um sangue que nunca fora imaginado, não é mais vermelho, mas um rubi tonificante quase marrom, e sai muito, não sangra, apenas jorra, e com a velocidade de um rio, banhando toda a alma e sabe o que acontece depois? 
Ela para de jorrar e depois apenas goteja. Quanto tempo isso leva? 
Não sei precisamente, porém sei que é assim que acontece. 
E quando a dor doí por um grande tempo, o gotejo não mais provocam dor, 
é como se houvesse uma anestesia natural que a dor adota para nunca mais sangrar.
 Sei que por detrás disso tudo, existe ainda uma carne viva sustentada pelo crosta que a dor inicial causou. 
Por isso a importância de permitir que a dor doa com toda a força que ela precisa, como um grito que ressoa num grande buraco oco do universo interior. 
Então só nos resta deixar que a dor se esguelhe para por para fora toda a sua mazela sangrenta de dor e assim dar o sustento de uma carne viva fadada a cair ao chão.

Amor Incondicional

  Já faz um bom tempo desde a última vez que escrevi aqui, e o bom é ver o quanto vivi e experimentei de tantas experiências que julgava jam...